A indicação dos textos abaixo, como essenciais do teatro brasileiro, implica um critério absolutamente afetivo e sem maiores pretensões – a não ser de uma futura pesquisa mais apurada da relevância dessas criações para a literatura dramática produzida no Brasil ao longo dos últimos dois séculos e do contexto histórico social em que foram criadas. A posição que os textos ocupam não compreende uma ordem decrescente, mas uma ordem aleatória.

1. Morte e vida severina [João Cabral de Mello Neto]
2. O rei da rela [Oswald de Andrade]
3. Vestido de noiva [Nelson Rodrigues]
4. O pagador de promessas [Dias Gomes]
5. Navalha na carne [Plínio Marcos]
6. Sortilégio [Abdias do Nascimento]
7. Vereda da salvação [Jorge Andrade]
8. Eles não usam black-tie [Gianfrancesco Guarnieri]
9. Eu sou vida; eu não sou morte [Qorpo-Santo]
10. Roda viva [Chico Buarque]
11. Auto da Compadecida [Ariano Suassuna]
12. A casa fechada [Roberto Gomes]
13. Rasga Coração [Oduvaldo Vianna Filho]
14. Murro em ponta de faca [Augusto Boal]
15. O noviço [Martins Pena]
16. Macário [Álvares de Azevedo]
17. Arena conta Zumbi [Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal]
18. Senhora dos afogados [Nelson Rodrigues]
19. Eva [João do Rio]
20. Ossos do barão [Jorge Andrade]
21. O último carro [João das Neves]
22. Dois perdidos numa noite suja [Plínio Marcos]
23. O santo milagroso [Lauro César Muniz]
24. Missa leiga [Chico de Assis]
25. Mutirão em Novo Sol [Nelson Xavier]
26. Toda nudez será castigada [Nelson Rodrigues]
27. Uma mulher vestida de sol [Ariano Suassuna]
28. O abajur lilás [Plínio Marcos]
29. Rapsódia negra [Abdias do Nascimento]
30. Rasto atrás [Jorge Andrade]

31. Lanterna de fogo [Qorpo-Santo]
32. Amor [Oduvaldo Vianna]
33. O demônio familiar [José de Alencar]
34. O poeta e a inquisição [Gonçalves de Magalhães]
35. Quem casa quer casa, provérbio em 1 ato [Martins Pena]
36. A capital federal [Artur Azevedo]
37. Apareceu a Margarida [Roberto Athayde]
38. Gota d’água [Chico Buarque e Paulo Pontes]
39. Abre a janela e deixa entrar o ar puro e o sol da manhã [Antônio Bivar]
40. A Beata Maria do Egito [Rachel de Queiroz]
41. O anjo do pavilhão cinco [Aimar Labaki]
42. Novas diretrizes em tempos de paz [Bosco Brasil]
43. Deus lhe pague [Joracy Camargo]
44. Calabar: o elogio da traição [Chico Buarque e Ruy Guerra]
45. 525 Linhas [Marcelo Rubens Paiva]
46. O filho pródigo [Lúcio Cardoso]
47. Ópera do Malandro [Chico Buarque]
48. Liberdade, liberdade [Millôr Fernandes e Flávio Rangel]
49. A Revolta da Chibata [César Vieira]
50. Cacilda [José Celso Martinez Corrêa]
51. Na carrera do Divino [Carlos Alberto Soffredini]
52. O verdugo [Hilda Hilst]
53. Pluft, o fantasminha [Maria Clara Machado]
54. Pano de Boca [Fauzi Arap]
55. Geração Trianon [Ana Maria Nunes]
56. Santidade [José Vicente]
57. A Moratória [Jorge Andrade]
58. Bailei na curva [Júlio Conte]
59. Lisbela e o prisioneiro [Osman Lins]
60. Vento forte para um papagaio subir [José Celso Martinez Corrêa]

61. História de lenços e ventos [Ilo Krugli]
62. Caminho de Volta [Consuelo de Castro]
63. Zona Franca, meu amor [Márcio Souza]
64. De braços abertos [Maria Adelaide Amaral]
65. Fala baixo senão eu grito [Leilah Assumpção]
66. Enquanto se vai morrer [Renata Pallottini]
67. Em nome do desejo [João Silvério Trevisan]
68. Trate-me leão [Grupo Asdrúbal trouxe o trombone]
69. Paraíso perdido [Sérgio de Carvalho]
70. O Livro de Jó [Luís Alberto de Abreu]
71. Apocalipse [Fernando Bonassi]
72. Transegun [Cuti]
73. Um circo de rins e fígados [Gerald Thomas]
74. Trilogia marítima [Kiko Marques]
75. Agreste [Newton Moreno]
76. Luís Antônio Gabriela [Nelson Baskerville | Cia. Mungunzá]
77. Aldeotas [Gero Camilo]
78. Jaguar cibernético [Antônio Francisco Carlos]
79. Ópera dos vivos [Sérgio de Carvalho]
80. O jardim [Leonardo Moreira]
81. Trilogia Abnegação [Alexandre Dal Farra]
82. Maria Quitéria [Marici Salomão]
83. Vaga carne [Grace Passô]
84. O céu cinco minutos antes da tempestade [Silvia Gomez]
85. Stabat Mater [Janaina Leite]
86. Récita nº 3 – figurações [Leda Maria Martins]
87. Rebú [Jô Bilac]
88. O fingidor [Samir Yazbek]
89. Cartas a madame Satã ou me desespero sem notícias suas [José Fernando Peixoto de Azevedo]
90. A partilha [Miguel Falabella]
91. Trair e coçar é só começar [Marcos Caruso]
92. Farinha com açúcar ou sobre a sustança de meninos e homens [Jé Oliveira]
93. Caranguejo overdrive [Pedro Kosovski]
94. REVOLTAЯ – memórias de ilhas e revoluções [Dione Carlos]
95. As 3 uiaras de SP city [Ave Terrena Alves]
96. Catalão-Macaubal [Antônio Rogério Toscano]
97. Sardanapalo [Hugo Possollo]
98. Cordel do amor sem fim [Claudia Barral]
99. Colônia [Gustavo Colombini]
100. Nossa vida não vale um chevrolet [Mário Bortolotto]
Rudinei Borges dos Santos – Dramaturgo, poeta e ficcionista. Graduou-se em Filosofia. É doutorando e mestre em Educação pela Universidade de São Paulo [USP]. É de sua autoria mais de 10 textos teatrais encenados em Angola e no Brasil, entre eles Dezuó: breviário das águas, finalista do Prêmio Shell de Teatro, Arrimo, Medea Mina Jeje, Transamazônica, Revolver e Luzeiros. Autor dos livros Epístola.40, Memorial dos Meninos, Dentro é Lugar Longe e Chão de Terra batida. Em 2011, fundou o Núcleo Macabéa, da Cooperativa Paulista de Teatro. Publica poemas e textos teatrais na página: www.rudineiborgesblog.wordpress.com